Duas ações judiciais contra a Telexfree poderiam ser só mais algumas
em meio às centenas que apareceram na Justiça dos Estados, após o
bloqueio às atividades da empresa, acusada de ser uma pirâmide
financeira.

Os dois, que moram em Vila Velha, pediram para não serem identificados por conta do vínculo familiar que têm com o empresário, que também é capixaba.
O advogado deles, Alexey Campagnaro Lucena, garantiu que a dupla é mesmo parente de primeiro grau de Carlos Wanzeler. “São da mesma família, mas não têm contato com o dono. Ele construiu a vida nos Estados Unidos. Se fossem próximos, poderiam até estar no topo da pirâmide, o que não aconteceu. A diferença social e econômica entre eles é gritante”, afirma o advogado.
O primo de Wanzeler se tornou associado da empresa, que tem sede em Vitória, em abril.
A tia de Wanzeler entrou 15 dias antes de a Justiça do Acre determinar a suspensão dos pagamentos, de novas adesões e o bloqueio dos bens da empresa e de seus sócios.
Com o congelamento do dinheiro, os familiares do dono da Telexfree não conseguiram ter nenhum retorno financeiro desde o dia em que entraram no negócio.
Somando-se investimento e rendimentos no período, o primo de Wanzeler quer reaver cerca de R$ 11 mil. A tia, R$ 3,3 mil. Os processos podem ser consultados no site do Tribunal de Justiça do Estado (TJES).
Na ação, eles pedem para que a Justiça bloqueie os valores e os deposite numa conta judicial. Com isso, acreditam que terão preferência no ressarcimento das quantias, caso a Justiça decida acolher o pedido do Ministério Público do Acre (MPAC) e extinguir a Telexfree. Eles também pedem uma indenização por danos morais.
“Foram colocados outros na rede que ficam cobrando dos meus clientes
como se eles fossem culpados pelas ilegalidades. Além disso, o
investimento provocou brincadeiras irônicas contra eles, já que perderam
quantias significativas”, diz Lucena.
O advogado acrescenta que seus clientes hoje têm certeza que a Telexfree é uma pirâmide financeira. “Eles entraram porque foram seduzidos. Agora, no entanto, eles sabem que o negócio não é legal”.
Procurado para se manifestar sobre as duas ações, o advogado da empresa, Wilson Furtado Roberto, primeiramente, negou que houvesse alguma relação de parentesco entre os citados.
Minutos depois, informou ter recebido uma ligação de Carlos Wanzeler na qual o empresário contou ter se lembrado dos parentes. De acordo com Furtado, Wanzeler vive há muito tempo nos Estados Unidos e não tem contato com a tia há 26 anos.
Recurso
O recurso da Telexfree contra o bloqueio das suas atividades será analisado pelo Tribunal de Justiça do Acre no próximo dia 12.
O processo, que está em segunda instância, corre, agora, em segredo de Justiça. Três desembargadores vão decidir se derrubam ou não o bloqueio imposto pela juíza Thaís Khalil à empresa em 18 de junho.
O agendamento da apreciação do recurso deixou um milhão de divulgadores da Telexfree confiantes. Eles sonham com o retorno da empresa.
Outra pirâmide é bloqueada pela Justiça
Depois da Telexfree e da BBom, é a vez da Blackdever ser bloqueada. A empresa não é tão famosa como as outras duas companhias, porém, já figurava como a nova promessa do marketing multinível no país.
A empresa, que estava no alvo da força-tarefa formada por promotores e procuradores para combater pirâmides financeiras, teve sua funcionalidade paralisada depois de ser notificada pelo Ministério Público de Minas Gerais.
A equipe de combate a esquemas Ponzi investiga mais de 30 empresas do setor de marketing multinível suspeitas de fraude e de crime contra a economia popular.
Em seu site, a Blackdever disse que o bloqueio foi acatado pela empresa depois de receber uma recomendação do Ministério Público de Minas Gerais.
A informação ainda não foi confirmada pela Promotoria de Defesa do Consumidor desse Estado nem pela Associação dos Ministérios Públicos do Consumidor (MPCON).
A Blackdever afirma ter mais de 33 mil pessoas cadastradas. A empresa nasceu na cidade de Uberlândia, em Minas Gerais, em abril de 2013.
O negócio que ela oferece não é bem claro, porém, a companhia afirma que dispõe de diversas vantagens exclusivas para pessoas que se tornarem associadas. A empresa oferece uma espécie de cartão onde o usuário acumula pontos para trocar por produtos.
Na internet, a Blackdever se autodenomina de “banco milionário” e promete retorno financeiro rápido e com um alto percentual. Além do acumulo de pontos, a empresa afirma ter uma loja virtual que dá aos seus usuários descontos de até 70% no valor das compras.
O advogado acrescenta que seus clientes hoje têm certeza que a Telexfree é uma pirâmide financeira. “Eles entraram porque foram seduzidos. Agora, no entanto, eles sabem que o negócio não é legal”.
Procurado para se manifestar sobre as duas ações, o advogado da empresa, Wilson Furtado Roberto, primeiramente, negou que houvesse alguma relação de parentesco entre os citados.
Minutos depois, informou ter recebido uma ligação de Carlos Wanzeler na qual o empresário contou ter se lembrado dos parentes. De acordo com Furtado, Wanzeler vive há muito tempo nos Estados Unidos e não tem contato com a tia há 26 anos.
Recurso
O recurso da Telexfree contra o bloqueio das suas atividades será analisado pelo Tribunal de Justiça do Acre no próximo dia 12.
O processo, que está em segunda instância, corre, agora, em segredo de Justiça. Três desembargadores vão decidir se derrubam ou não o bloqueio imposto pela juíza Thaís Khalil à empresa em 18 de junho.
O agendamento da apreciação do recurso deixou um milhão de divulgadores da Telexfree confiantes. Eles sonham com o retorno da empresa.
Outra pirâmide é bloqueada pela Justiça
Depois da Telexfree e da BBom, é a vez da Blackdever ser bloqueada. A empresa não é tão famosa como as outras duas companhias, porém, já figurava como a nova promessa do marketing multinível no país.
A empresa, que estava no alvo da força-tarefa formada por promotores e procuradores para combater pirâmides financeiras, teve sua funcionalidade paralisada depois de ser notificada pelo Ministério Público de Minas Gerais.
A equipe de combate a esquemas Ponzi investiga mais de 30 empresas do setor de marketing multinível suspeitas de fraude e de crime contra a economia popular.
Em seu site, a Blackdever disse que o bloqueio foi acatado pela empresa depois de receber uma recomendação do Ministério Público de Minas Gerais.
A informação ainda não foi confirmada pela Promotoria de Defesa do Consumidor desse Estado nem pela Associação dos Ministérios Públicos do Consumidor (MPCON).
A Blackdever afirma ter mais de 33 mil pessoas cadastradas. A empresa nasceu na cidade de Uberlândia, em Minas Gerais, em abril de 2013.
O negócio que ela oferece não é bem claro, porém, a companhia afirma que dispõe de diversas vantagens exclusivas para pessoas que se tornarem associadas. A empresa oferece uma espécie de cartão onde o usuário acumula pontos para trocar por produtos.
Na internet, a Blackdever se autodenomina de “banco milionário” e promete retorno financeiro rápido e com um alto percentual. Além do acumulo de pontos, a empresa afirma ter uma loja virtual que dá aos seus usuários descontos de até 70% no valor das compras.
Fonte: A Gazeta
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