segunda-feira, 12 de agosto de 2013

"Tenho fantasias com minha mulher. Como conversar com ela a respeito?"

“Sou casado há oito anos e tenho fantasias com a minha esposa, mas não consigo conversar com ela a respeito. Ela não dá espaço e diz que não tem fantasias. Gosto muito de exibicionismo e tenho vontade de ver minha esposa transando com outro homem. Isso é normal? Como poderia conversar com ela, sem que fique brava comigo?”

Caro leitor, momentos de relaxamento e descontração do casal são propícios para falar sobre fantasias. Instigue sua curiosidade erótica/sexual com assuntos que leu na internet ou em revistas. Procure saber o que você pode fazer para lhe dar maior prazer.
Revelar aos poucos o desejo, sem impor vontades, dá a ela a possibilidade de refletir sobre suas necessidades sexuais. Diante da reprovação não insista, deixe a ideia amadurecer.

As fantasias ajudam a quebrar a rotina e são uma outra forma de apimentar a vida sexual. Falar sobre elas nem sempre é fácil, gera tensão e para muitos casais é difícil concretizar, principalmente quando a proposta é incluir uma terceira pessoa.
Revelar um desejo se torna possível quando os parceiros têm maior intimidade, cumplicidade e boa comunicação. Essa é uma maneira – mas não a única – que o casal tem de reavaliar suas necessidades sexuais e escolher de forma consensual uma fantasia que os satisfaça.
Em geral, os homens se sentem mais à vontade para propor fantasias. Ver a esposa transando com outro homem é um fetiche que faz parte do universo masculino. Porém, a experiência nem sempre é positiva.
Nas fantasias que incluem um terceiro, é importante que os dois participem da escolha e estabeleçam algumas regras, evitando cobranças posteriores. Reavalie sempre a fantasia e evite aquelas que sinalizam possíveis conflitos.
Com o medo do julgamento e da reprovação do parceiro, muitas mulheres escolhem ficar com a imaginação e acabam usando a fantasia durante a transa. Isso é saudável, ajuda no aumento da excitação e do prazer.
Não aceite que ela participe só para agradá-lo, o preço da cobrança pode ser muito alto. A realização de uma fantasia só valerá a pena se os dois curtirem a ideia, caso contrário será um desastre. Lembre-se, nem toda fantasia tem que ser realizada. Se não for essa, tente outra.
* Fátima Protti é psicóloga, terapeuta sexual e de casal. Pós-graduada pela USP e autora do livro “Vaginismo, quem cala nem sempre consente". Escreva para a colunista:

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