Segundo a família, a mulher estava na cozinha de casa quando o equipamento, que era manuseado pelo marido na sala, disparou
Uma mulher de 28 anos foi atingida por um arpão de caça submarina na noite de segunda-feira em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro. Segundo a família, Elisangela Borborema Rosa estava na cozinha de casa quando o equipamento, que era manuseado pelo marido na sala, disparou. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o arpão entrou pela mandíbula de Elisangela e a ponta ficou alojada na coluna cervical. Ela passa bem.
A mulher foi levada para um hospital de Arraial do Cabo e, de lá, transferida para o Hospital Regional de Araruama. No local, foi atendida por uma equipe que incluiu especialistas em neurocirurgia, cirurgia vascular, geral, plástica e bucomaxilofacial. Segundo a secretaria, menos de 24 horas após a cirurgia, a expectativa é que Elisangela fique sem nenhuma sequela.
“Esse é o primeiro caso desse tipo que atendo aqui no hospital. A peculiaridade do acidente é que a ponta do arpão penetrou a região entre o canal anterior vertebral e o canal da medula. Caso o objeto atingisse apenas um centímetro para dentro, a paciente ficaria tetraplégica; se atingisse um centímetro para fora, alcançaria uma artéria que irriga o cérebro, levando-a a óbito", explicou Allan da Costa, neurocirurgião que operou Elisangela.
Segundo o médico, somente nas próximas 48 horas será possível avaliar se a paciente ficará ou não com alguma sequela. “Ela está movimentando os dois lados, mas com pouca força no lado direito. Precisamos esperar a suspensão da sedação e retirar a traqueostomia para fazer uma avaliação completa. Se tudo der certo, ela terá alta em uma semana", contou Costa.
Em abril, Bruno Barcellos de Souza Coutinho, 34 anos, disparou um arpão de pesca de aproximadamente 30 centímetros contra o próprio rosto em Petrópolis, também no Rio. Ele manuseava o objeto, quando aconteceu o disparo, perfurando o canto do olho esquerdo e atravessando o crânio. Ferido, ele foi resgato por uma equipe do Corpo de Bombeiros de Petrópolis e, segundo a equipe médica, deu entrada no hospital lúcido e orientado.
O objeto, que perfurou 15 cm do crânio de Bruno, só foi removido após uma delicada cirurgia de quatro horas. De acordo com os médicos, a intervenção foi um sucesso e o paciente não sofreu nenhum dano neurológico.
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