Excomungado pela Igreja Católica, Padre Beto fala ao iGay sobre homossexualidade entre os padres, homofobia religiosa, celibato e defende o amor gay
No último mês de abril, o paulista Roberto Francisco Daniel, o Padre Beto , ficou conhecido em todo o Brasil depois de ser excomungado pela Igreja Católica por causa da sua visão progressista da sexualidade. Aos 47 anos, ele foi obrigado a deixar a sua paróquia na cidade de Bauru, no interior de São Paulo, por defender, entre outras posições, o amor gay. Ele também não escondia que a homossexualidade é algo que existe dentro da instituição.
Curiosamente, mais de dois meses depois da excomunhão, o papa Francisco surpreendeu o mundo nesta semana ao declarar que os gays não devem ser marginalizados pela sociedade, indo de encontro ao que pensa Roberto. Aliás, mesmo expulso da Igreja, ele se recusa a abandonar a alcunha ‘padre’. “Continuo sendo padre, essa é minha vocação... minha paixão”.
Nesses meses de afastamento, Padre Beto se concentrou em escrever um livro sobre o que aconteceu com ele e sobre a necessidade de renovação nas posições da denominação religiosa sediada no Vaticano. Lançado na última terça-feira (30), “Verdades Proibidas” (Editora Astral Cultural) traz à tona temas tabus para Igreja Católica, como a homossexualidade, a homofobia religiosa e o celibato.
Em entrevista ao iGay , Padre Beto comentou sobre todos esses assuntos, apontando inclusive os casos de sacerdotes católicos que ‘escondem sua homossexualidade atrás da batina’.
O religioso falou ainda sobre seu otimismo com a figura do papa Francisco, apesar de ter a convicção de que o pontífice não vai conseguir mudar a posição da Igreja sobre a comunidade LGBT.
iG: Como surgiu a vocação para ser padre?
Padre Beto: A vocação surgiu quando eu tinha 26 anos. Foi um processo de reflexão diante do confronto com a morte. Tive uma pessoa da família que faleceu e isso me fez refletir sobre a minha própria morte. Me questionei sobre as realizações que eu alcançaria quando minha vida acabasse. A educação cristã que eu tive também ajudou, cresci em uma comunidade paroquial. Jesus sempre foi meu modelo de vida.
iG: E como é esse modelo de vida representado pela figura de Jesus?
Padre Beto: Jesus era revolucionário, mas essa característica foi amenizada pela Igreja. Ele é visto num representação romântica das palavras amor e da paz. Acontece que o amor dele era comprometido, tanto que isso o levou a arregaçar as mangas. Jesus inclusive combateu preceitos religiosos, como o do “atire a primeira pedra quem nunca pecou”, em relação às prostitutas.
iG: Sua formação é diversificada, passando pelo Direito, pela História e pela Comunicação, além da Teologia. Essa bagagem acadêmica influiu no seu posicionamento progressista?
Padre Beto: Certamente. Mas também é preciso levar em conta o fato deu eu ter entrado tarde no seminário. Entrei já adulto,não um adolescente, como é comum. Ingressei com muita experiência de vida, não era mais virgem. Isso fez com que eu pudesse ter uma visão mais realista do ser humano. Minha formação acadêmica contribuiu para que eu tivesse um olhar mais crítico da instituição e da própria sociedade. Fonte Ig
No último mês de abril, o paulista Roberto Francisco Daniel, o Padre Beto , ficou conhecido em todo o Brasil depois de ser excomungado pela Igreja Católica por causa da sua visão progressista da sexualidade. Aos 47 anos, ele foi obrigado a deixar a sua paróquia na cidade de Bauru, no interior de São Paulo, por defender, entre outras posições, o amor gay. Ele também não escondia que a homossexualidade é algo que existe dentro da instituição.
Curiosamente, mais de dois meses depois da excomunhão, o papa Francisco surpreendeu o mundo nesta semana ao declarar que os gays não devem ser marginalizados pela sociedade, indo de encontro ao que pensa Roberto. Aliás, mesmo expulso da Igreja, ele se recusa a abandonar a alcunha ‘padre’. “Continuo sendo padre, essa é minha vocação... minha paixão”.
Nesses meses de afastamento, Padre Beto se concentrou em escrever um livro sobre o que aconteceu com ele e sobre a necessidade de renovação nas posições da denominação religiosa sediada no Vaticano. Lançado na última terça-feira (30), “Verdades Proibidas” (Editora Astral Cultural) traz à tona temas tabus para Igreja Católica, como a homossexualidade, a homofobia religiosa e o celibato.
Em entrevista ao iGay , Padre Beto comentou sobre todos esses assuntos, apontando inclusive os casos de sacerdotes católicos que ‘escondem sua homossexualidade atrás da batina’.
O religioso falou ainda sobre seu otimismo com a figura do papa Francisco, apesar de ter a convicção de que o pontífice não vai conseguir mudar a posição da Igreja sobre a comunidade LGBT.
iG: Como surgiu a vocação para ser padre?
Padre Beto: A vocação surgiu quando eu tinha 26 anos. Foi um processo de reflexão diante do confronto com a morte. Tive uma pessoa da família que faleceu e isso me fez refletir sobre a minha própria morte. Me questionei sobre as realizações que eu alcançaria quando minha vida acabasse. A educação cristã que eu tive também ajudou, cresci em uma comunidade paroquial. Jesus sempre foi meu modelo de vida.
iG: E como é esse modelo de vida representado pela figura de Jesus?
Padre Beto: Jesus era revolucionário, mas essa característica foi amenizada pela Igreja. Ele é visto num representação romântica das palavras amor e da paz. Acontece que o amor dele era comprometido, tanto que isso o levou a arregaçar as mangas. Jesus inclusive combateu preceitos religiosos, como o do “atire a primeira pedra quem nunca pecou”, em relação às prostitutas.
iG: Sua formação é diversificada, passando pelo Direito, pela História e pela Comunicação, além da Teologia. Essa bagagem acadêmica influiu no seu posicionamento progressista?
Padre Beto: Certamente. Mas também é preciso levar em conta o fato deu eu ter entrado tarde no seminário. Entrei já adulto,não um adolescente, como é comum. Ingressei com muita experiência de vida, não era mais virgem. Isso fez com que eu pudesse ter uma visão mais realista do ser humano. Minha formação acadêmica contribuiu para que eu tivesse um olhar mais crítico da instituição e da própria sociedade. Fonte Ig
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