A internação do autista é positiva, pois uma instituição especializada saberá como cuidar dele. MITO: de modo geral, o autista pode e deve ser acolhido dentro do seu ambiente familiar. Para tal, é fundamental que os familiares sejam bem instruídos com relação à doença e aprendam a gerenciar os dilemas do convívio do dia-a-dia, buscando sempre a harmonia e o bem-estar coletivo. "Nessa ótica, é fundamental que o autista seja readaptado ao modo de vida tradicional e, ao mesmo tempo, que a família respeite e compartilhe sua maneira particular de ser. Tal integração é peculiar de cada núcleo, uma vez que não existe um paciente igual ao outro e também não existe uma família igual à outra, sendo, portanto, uma combinação única que exige um gerenciamento personalizado", aconselha o neurologista Leandro Teles. "Os familiares também devem aprender formas de lidar com o portador, aumentando a chance de que o ambiente domiciliar seja a extensão do tratamento que ocorre em setting clínico", complementa a psicóloga Lygia Teresa Dorigon. A também psicóloga Cristiane Silvestre de Paula, professora adjunta do Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento na Universidade Presbiteriana Mackenzie, diz, ainda: "Há até uma lei que garante que crianças estejam matriculados em uma escola regular. Isso para não perderem o desafio de se desenvolver e interagir com outras pessoas. A escola regular os ajuda a ter contato social"
O autismo, um dos temas abordados na novela global "Amor à Vida", com a personagem Linda (interpretada pela atriz Bruna Linzmeyer), é um transtorno bem mais comum do que se imagina. Estudo divulgado em 2012 pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos, mostrou que ele afeta uma em cada 88 crianças. Este ano, a instituição revisou a proporção para uma em cada 50 crianças. A estimativa dá uma ideia de como existem casos sem diagnóstico, especialmente no Brasil.
Apesar da frequência, ainda há pouca informação sobre o transtorno, o que cerca o assunto de mitos, que, muitas vezes, prejudicam não apenas o diagnóstico, como também o tratamento e o convívio com os autistas. Para piorar, até os especialistas divergem em muitos pontos. E as abordagens são diferentes para cada paciente, porque cada caso é um caso - enquanto alguns autistas vivem com relativa independência, outros precisam de cuidados especiais permanentemente
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