Hábitos físicos, alimentares e comportamentais garantem menos doenças e uma vida melhor agora e no futuro. E o bom exemplo dos pais é fundamental
Muito antes de heróis e princesas, os primeiros ídolos da criança são seus pais. Desde o começo da vida, o bebê aprende com as atitudes deles e os imita em tudo que faz. Por isso, é importante prestar atenção aos próprios hábitos diante dos filhos, pois eles influenciarão os costumes dos pequenos e serão responsáveis pela qualidade de vida deles no presente e no futuro. Trocando em miúdos: há muitas maneiras, relacionadas à alimentação, às atividades físicas e ao comportamento, de deixar seu filho mais saudável, mas é essencial que os pais vivam de acordo com o que querem ensinar.
O ambiente familiar está repleto de referências afetivas, por isso influencia no desenvolvimento da criança. Dificilmente uma família ativa terá um filho sedentário, e o inverso também é verdadeiro”, explica a professora de educação física Inara Silva de Moura, especializada em psicomotricidade relacional e em fisiologia do exercício. A nutricionista Karine Durães, especializada em pediatria pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de SP, concorda: “Para uma criança, é mais factível o que ela vê no dia a dia do que o discurso”.
No que diz respeito à alimentação, isso é muito simples: o que vai ao prato das crianças tem que estar no prato dos adultos. “Filhos de pais que não têm o hábito de consumir hortaliças não sentem vontade de comê-las. A educação tem que vir de dentro de casa e ganhar continuidade no trabalho da escola”, afirma a nutricionista Daniela Murakami, proprietária da Nutrir e Brincar Assessoria e Consultoria em Nutrição Infantil. Fora de casa, lançar mão de pequenos truques no supermercado e na feira para familiarizar meninos e meninas com frutas, legumes e verduras é uma boa ideia para facilitar as refeições saudáveis.
É claro que, no cotidiano, nem sempre a situação é tão simples, e as crianças podem se mostrar resistentes tanto para comer quanto para aderir a exercícios. No primeiro caso, o pediatra Marcelo Reibscheid, do Hospital São Luiz, recomenda pulso firme: “Elas costumam apelar para as birras, mas os pais não podem ceder. Devem ter em mente que, assim, não as prejudicam no futuro”. Já na parte física, Inara defende a liberdade infantil: “Permita que a criança seja criança. Brinque, corra, salte, escale, se arraste no chão. Além dos benefícios físicos, ela desenvolverá maior capacidade de raciocínio, sociabilidade, criatividade, lateralidade, coordenação motora, esquema corporal e equilíbrio”.
Fontes: Daniela Murakami (nutricionista do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo e proprietária da Nutrir e Brincar Assessoria e Consultoria em Nutrição Infantil), Inara Silva de Moura (professora de educação física especializada em psicomotricidade relacional e em fisiologia do exercício), Karine Durães (nutricionista especializada em pediatria pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e Marcelo Reibscheid (pediatra do Hospital e Maternidade São Luiz, criador do portal Pediatria em Foco ).
0 comentários:
Postar um comentário