O tipo franzino e o jeito tímido daquele rapaz baiano destoavam das atitudes broncas e dos corpos malhados de outros homens reclusos nos estúdios da TV Globo, durante o programa "Big Brother Brasil", de 2005. Jean Wyllys de Matos Santos era realmente diferente. Sua presença denotava uma renovação no zoo eletrônico do reality show.
Quase sempre habitado por mulheres bonitas e homens musculosos, o BBB procurava alterar o perfil de seus participantes e incluiu, naquela edição, o professor, escritor e jornalista de Alagoinhas, interior da Bahia, o primeiro intelectual a participar da disputa, como diversos jornais e revistas o classificaram na época. "Os acadêmicos costumam torcer o nariz para reality shows e as novelas porque têm preconceito contra a cultura popular", critica Jean, que é especialista em cultura brasileira. "Estava justamente falando disso com meus alunos quando eles disseram que eu era a cara do Big Brother. Insistiram tanto, que mandei uma fita", recorda.
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