“Onze anos atrás, o mundo inteiro atônito e apavorado, assistiu
ao vivo à destruição das Torres Gêmeas de Nova Iorque por aviões
pilotados por terroristas da Al Qaeda. Pela primeira vez desde o
incêndio de Washington pelas tropas inglesas em 1814, o território
continental americano foi diretamente atacado por um inimigo externo. O
impacto do acontecimento transformou profundamente as relações
internacionais e o mundo onde vivemos. O 11 de setembro de 2001
demonstrou a possibilidade de que as tecnologias civis mais modernas
pudessem ser utilizadas como armas de destruição em massa por pequenos
atores não estatais. E o que poderia acontecer se algum terrorista se
apoderasse de artefatos químicos ou nucleares? O mundo globalizado, com
as suas ubíquas redes de comunicação, a circulação instantânea de fundos
e o acesso a qualquer tipo de conhecimento ou material, havia
desembocado na privatização do poder bélico estratégico... A outra
grande consequência foi a implosão do mundo árabe-muçulmano, até então
controlado pela mão de ferro de ditadores. Esses sim, utilizavam o
terror para governar e recebiam o apoio das grandes e pequenas potências
que pensavam comprar desta maneira a paz numa região estratégica do
mundo...Hoje, o terrorismo de cunho islamita, continua matando –
sobretudo outros muçulmanos – mas as ideias e objetivos de Bin Laden
foram sepultados pelas revoluções árabes. Só que o mundo em crise
geral,que herdamos do 11 de setembro, é infinitamente mais angustiante e
perigoso do que a “guerra ao terror”. Fonte: rfi portugues.
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